A prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL‑SP), nesta terça-feira (29), desencadeou reações opostas entre parlamentares do Congresso. Deputados de esquerda celebraram a detenção, enquanto aliados do PL denunciaram perseguição política e ameaça aos direitos democráticos.

Zambelli foi presa na Itália, após ser localizada em um apartamento em Roma. A deputada foi condenada a 10 anos e 9 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por ter invadido o sistema do Conselho Nacional de Justiça e foi considerada foragida. Há um pedido de extradição do Ministério da Justiça do Brasil para que a parlamentar seja enviada ao Brasil para o cumprimento da pena.


Zambelli foi considerada foragida após deixar o país sem autorização e ter os recursos de sua defesa negados. Também foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol. Segundo o deputado italiano Angelo Bonelli, que denunciou Zambelli, a parlamentar já havia sido identificada pelas autoridades.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos‑PB), afirmou ter sido informado pela imprensa sobre a prisão e consultado o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que repassou informações preliminares.

Motta esclareceu que a Câmara está adotando as providências regimentais na Comissão de Constituição e Justiça. "Não cabe à Casa deliberar sobre a prisão – apenas sobre a perda de mandato”, disse o deputado.