O pai de Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, que morreu no domingo (1º) após consumir um bolo de pote em Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo, afirmou na noite desta terça-feira (3) que a jovem que confessou ter envenenado o doce dormiu na casa deles no dia do crime.

"Essa menina foi dormir lá em casa, acompanhou todo o caso. Viu minha menina passar mal, viu a hora que fui levar no hospital. No outro dia, ela viu minha menina caindo no banheiro e não demonstrou nenhuma reação", disse o motorista de caminhão Silvio Ferreira das Neves.

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Silvio, que afirmou que não suspeitava da adolescente, contou ainda que ela o abraçou depois que a morte de Ana Luiza foi constatada. "Depois da minha filha estando morta, ela me cumprimentou e abraçou ainda, falou que ia ficar tudo bem", relatou.

jovem, que foi apreendida pela Polícia Civil na terça-feira, confessou que colocou arsênio no bolo de pote por ciúmes. Ela disse ao delegado que ficou "chocada" com a morte e que queria que a amiga tivesse apenas "sintomas ruins".

O bolo havia sido entregue por um motoboy na casa de Ana Luiza, no domingo, como um "presente". Junto à embalagem, um bilhete que dizia: "um mimo para a garota mais linda que eu já vi".

Ana Luiza morreu após comer bolo de pote envenenado com arsênio | Reprodução/Redes sociais