O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para os dias 6 e 7 de maio o julgamento da denĂșncia apresentada pela Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) contra os acusados que integram o chamado nĂșcleo 4 da suposta trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A decisĂŁo de marcar a data partiu do ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, responsĂĄvel por julgar as denĂșncias relacionadas ao caso.
Segundo a PGR, os denunciados no nĂșcleo 4 sĂŁo acusados de coordenar açÔes de desinformação, disseminando notĂcias falsas sobre o processo eleitoral e promovendo ataques virtuais contra instituiçÔes e autoridades.
O grupo Ă© formado por:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
- Ăngelo Martins Denicoli (major da reserva);
- Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
- Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
- Reginaldo Vieira de Abreu (coronel);
- Marcelo AraĂșjo Bormevet (policial federal);
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).
O julgamento serĂĄ conduzido pela Primeira Turma do STF, composta pelo relator da denĂșncia, Alexandre de Moraes, alĂ©m dos ministros FlĂĄvio Dino, Cristiano Zanin, CĂĄrmen LĂșcia e Luiz Fux.
Conforme o regimento interno do Supremo, cabe Ă s turmas do tribunal analisar açÔes penais. Como o relator pertence Ă Primeira Turma, o julgamento serĂĄ feito por esse colegiado. Caso a maioria dos ministros aceite a denĂșncia, os acusados se tornarĂŁo rĂ©us e responderĂŁo a uma ação penal na Corte.
Outros nĂșcleos
AtĂ© agora, somente a denĂșncia contra o nĂșcleo 1 foi julgada. Na manhĂŁ desta quarta-feira (26), por unanimidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados se tornaram rĂ©us. O julgamento do nĂșcleo 2 ocorrerĂĄ nos dias 29 e 30 de abril. O grupo, composto por seis denunciados, Ă© acusado de organizar açÔes para “sustentar a permanĂȘncia ilegĂtima” de Bolsonaro no poder em 2022.
JĂĄ a anĂĄlise da denĂșncia contra o nĂșcleo 3 estĂĄ prevista para os dias 8 e 9 de abril. Esse grupo Ă© formado por 11 militares do ExĂ©rcito e um policial federal, acusados de planejarem “açÔes tĂĄticas” para viabilizar o plano golpista.
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