Era madrugada de såbado (1) quando Camila Moura, de 36 anos, decidiu ligar para o Centro de OperaçÔes da Polícia Militar (Copom) com um pedido de socorro. A casa onde mora com o seu filho de apenas dois meses no bairro da Penha, na zona leste de São Paulo, estava completamente alagada por conta das chuvas.

“A ĂĄgua jĂĄ estĂĄ na metade da nossa perna. Eu tĂŽ com medo. TĂĄ enchendo tudo”, disse a moradora durante a ligação. “Eu nĂŁo quero mais nada, se vocĂȘs ajudarem o meu filho. Apenas salvem ele, nĂŁo precisa me ajudar”, disse a mĂŁe ao atendente. AlĂ©m deles, tambĂ©m estavam na casa o pai e a avĂł da criança.

O chamado foi encaminhado para os policiais da 6ÂȘ Companhia do 8Âș BatalhĂŁo Metropolitano, que atende a ĂĄrea da regiĂŁo alagada. Em menos de 10 minutos, uma viatura jĂĄ tinha sido deslocada atĂ© o local.

“O nĂ­vel da ĂĄgua na rua estava muito alto. Chegava a bater no nosso peito. A gente nĂŁo conseguia ver o nĂșmero da casa. O marido da solicitante teve que sair no portĂŁo e acenar para a nossa equipe poder ir atĂ© lĂĄ”, disse o cabo FĂĄbio Soliano, um dos policiais que fizeram o resgate, ao lado do cabo VinĂ­cius Montefusco e dos soldados Davi Medeiros e Marcelo Soares.

O cenĂĄrio era de medo e preocupação. A mĂŁe estava com a criança no colo de pĂ© em cima da cama para evitar o contato com a ĂĄgua. “Salvem o meu filho. Tirem ele daqui”, dizia a mĂŁe aos agentes. Eles foram os primeiros a serem socorridos.

Os policiais retiraram as vĂ­timas da casa e caminharam com elas pelo canto da rua atĂ© chegar no local em que a viatura estava estacionada. “Nossa maior preocupação era preservar a criança para que ela nĂŁo se molhasse, jĂĄ que ainda estava chovendo”, disse o agente.