Policiais federais de São Paulo fazem nesta quinta-feira, 16/11, uma mobilização a favor da reestruturação das carreiras policial e administrativa. Segundo o Sindicato dos Policiais Federais em São Paulo (SINPF/SP), a iniciativa foi motivada pela falta de avanço nas negociações da instituição com o governo federal, que chancelou a proposta mas não apresentou meios para execução até agora.  

O Dia do Policial Federal é celebrado, oficialmente, no Brasil, em 16/11. Está marcada para as 11 horas uma concentração simbólica na sede da Superintendência da Polícia Federal (rua Hugo D’Antola, 95, Lapa de Baixo, São Paulo). O movimento conta com a adesão de delegados, agentes, escrivães, papiloscopistas e peritos da Polícia Federal. Os servidores administrativos da instituição também confirmaram participação. 

De acordo com Susanna do Val Moore, presidente do SINPF/SP, estão previstas mobilizações também na Superintendência da Polícia Federal e em demais Delegacias da instituição que funcionam no estado. A iniciativa em solo paulista tem à frente o SINPF/SP em consonância com o calendário definido para todo o País pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). 

De acordo com Susanna, a categoria está insatisfeita com a demora na implementação da proposta de reestruturação, apresentada pelo próprio governo federal, e que contemplaria as carreiras policial e administrativa da Polícia Federal. 

Elaborada pela Direção-Geral da instituição, em acordo com as principais entidades representativas dos policiais federais do País e servidores administrativos, a reestruturação foi encaminhada em fevereiro ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A proposta teria sido, ainda, acolhida pelo Ministério da Gestão e da Inovação nos Serviços Públicos. Contudo, não houve retorno quanto ao tema, até o momento.  

Segundo a presidente do SINPF/SP, outras carreiras dentro do governo federal foram reestruturadas nos últimos 20 anos, menos a Polícia Federal: “Precisamos corrigir uma defasagem histórica. Essa discrepância na remuneração torna o policial federal menos valorizado entre as carreiras típicas de Estado”, destaca Susanna.